A diástase abdominal é uma condição caracterizada pelo afastamento do músculo reto abdominal e do tecido conjuntivo do abdômen, causando flacidez e dor lombar. Esse é um dos principais músculos do centro do corpo, responsável por controlar a força do tronco e da postura.
Essa condição geralmente é constatada em mulheres após a gravidez, especialmente em quem passou por duas ou mais gestações, mas pode acometer também homens e até recém nascidos. A questão vai além da estética, pois se o afastamento for superior a 3 cm, a pessoa pode ter sérios problemas de saúde.
Quais os sinais da diástase abdominal?
As pessoas com diástase abdominal podem ter uma percepção negativa do próprio corpo, dificuldade de levantar objetos ou fazer outras atividades do dia a dia. Esses problemas acabam provocando menor qualidade de vida.
Os principais sintomas da diástase abdominal são:
- Dor e desconforto no abdômen;
- Problemas musculoesqueléticos, como instabilidade pélvica e dor lombar;
- Problemas uroginecológicos, como incontinência urinária, incontinência fecal e prolapso de órgãos pélvicos, que é quando eles saem do lugar correto;
- Protuberância na região que, às vezes, só é percebida quando o músculo é contraído.
Quais são os tipos de diástase abdominal?
Existem quatro tipos diferentes de diástase abdominal. A diástase longitudinal, que abrange a região das costelas até abaixo do umbigo; a diástase infra umbilical, também conhecida como pochete; diástase supraumbilical, caracterizada por aparência de estômago alto; e a diástase total, que separa os músculos abdominais tanto na vertical quanto na horizontal.
O que causa a diástase abdominal?
A diástase abdominal surge após o aumento na região empurrar os músculos do local para os lados. Embora a condição possa ocorrer fora dos casos de gestação, como, por exemplo, pessoas com excesso de peso, desnutrição, ou até mesmo quando alguém levanta um objeto muito pesado em uma postura incorreta. Mais que uma questão estética, a diástase abdominal é uma questão de saúde, pois enfraquece toda a estrutura do tronco, podendo causar os seguintes sintomas:
- Afastamento dos músculos que pode chegar até 10 centímetros;
- Região abaixo do umbigo flácida e mole;
- Protuberância no abdômen após tossir, agachar ou pegar peso;
- Dor na lombar;
- Disfunção do assoalho pélvico;
- Dor nas pernas.
Em quem a diástase abdominal pode ocorrer?
Embora possa acontecer em mulheres depois que tiveram bebê, a diástase abdominal pode ocorrer também em homens e em recém-nascidos. Nos homens pode ocorrer durante a prática de exercícios físicos, durante levantamento de excesso de peso ou em pessoas obesas.
Nos bebês, pode ocorrer pelo fato do músculo não estar totalmente desenvolvido, então, a linha alba ainda não está selada.
A incidência dos casos de homens que são diagnosticados com diástase abdominal é preocupante e tem relação direta com o aumento de peso. Quando há acúmulo de gordura ou crescimento da barriga, a parede abdominal acaba se deformando, causando a diástase abdominal. Também pode ocorrer devido à prática de exercícios abdominais muito intensos ou executados de maneira errada, gerando pressão intra-abdominal.
Como prevenir o surgimento da diástase abdominal?
Apesar de ser associada à fatores como instabilidade na pelve, alterações estéticas no abdômen e incontinência urinária, não há como prevenir totalmente o surgimento da diástase abdominal, porém, existem algumas ações que podem minimizar o surgimento da condição:
- Evitar aumento excessivo de peso durante a gravidez;
- Manter a postura ereta, pois, a mesma ajuda a evitar o enfraquecimento dos músculos retos abdominais;
- Praticar exercícios de baixo impacto na gestação, como, por exemplo, natação, corrida e pilates, seguindo orientação médica;
- Uso de faixas ou cintas abdominais adequadas para grávidas;
- Alimentação saudável e equilibrada, com ingestão de proteínas, pois, elas ajudam a manter a qualidade da fibra muscular.
Qual é o tratamento para a diástase abdominal?
Primeiramente, é fundamental que o paciente procure atendimento médico para que receba um diagnóstico mais preciso e completo. Além do exame físico, o médico pode solicitar alguns exames complementares, como ultrassom e tomografia.
Apenas após o diagnóstico de diástase abdominal que a pessoa fará o tratamento, a depender do tipo de diástase. Existem três formas possíveis de tratamento: pilates clínico, fisioterapia e cirurgia.
Como é a cirurgia de diástase abdominal?
A cirurgia de diástase abdominal, também chamada de cirurgia de diástase dos retos abdominais, é um procedimento feito para corrigir um afastamento excessivo entre as duas seções verticais do músculo reto abdominal. Normalmente, é indicada quando o tratamento com fisioterapia não tem sucesso e a diástase estiver gerando problemas mais graves de saúde.
O plano de saúde cobre cirurgia de diástase abdominal?
Através da indicação médica, o plano de saúde cobre cirurgia de diástase sim, pois esse procedimento possui natureza reparadora. Quando se tratar de cirurgia plástica reparadora e tiver indicação clínica, a cirurgia de diástase abdominal é coberta pelo plano de saúde.
É importante que o médico aponte em relatório o motivo da indicação pela cirurgia, especifique o problema de saúde e a gravidade do caso, faça um histórico médico e descreva há quanto tempo o paciente está debilitado pelo problema.
Qual plano de saúde cobre cirurgia de diástase abdominal?
Os planos de saúde que cobrem a cirurgia de diástase são aqueles que possuem segmentação hospitalar ou ambulatorial que é o mais completo com ou sem obstetrícia. O convênio do tipo referência também cobre cirurgia de diástase. Além disso, é preciso observar se há carência no contrato.
Que tipo de cirurgia plástica o plano cobre?
A finalidade das cirurgias reparadoras é melhorar a saúde física e psicológica do paciente e, portanto, nos seguintes casos a cirurgia plástica é coberta pelo plano de saúde:
- Cirurgia reparadora pós-bariátrica de pacientes que apresentam excessos de pele após a perda de peso acentuada, o que inclui a cirurgia de diástase;
- Cirurgia de reconstrução de mamas de pacientes com câncer que tiveram os seios retirados por indicação médica;
- Cirurgia de mamoplastia redutora para pacientes com seios muito grandes, que geram problemas de saúde;
- Cirurgia reparadora de pacientes com deformidades físicas congênitas ou adquiridas, ou ainda de pessoas com queimaduras que necessitam de enxertos de pele.